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Estratégias

Mesa-redonda debate a telenovela e a sua dramaturgia

A história da telenovela, sua presença no imaginário dos espectadores e a investigação científica realizada sobre esse consagrado gênero da dramaturgia foram os assuntos centrais na mesa-redonda Comunicação e linguagem: telenovela e sociedade, promovida pelo Núcleo de Pesquisa de Telenovela (NPTN), da ECA-USP, no dia 28 de agosto. Durante o encontro, também foram lançados dois livros: Dramaturgia de Televisão, de Renata Pallottini, e Comunicação e Linguagem: discursos e ciência, de Maria Aparecida Baccega, professoras da ECA e pesquisadoras do Núcleo. O NPTM reúne professores de comunicação, pesquisadores, alunos de graduação e de pós-graduação de vários departamentos da ECA e desenvolve, desde sua criação, em 1992, o projeto integrado Ficção e Realidade: a Telenovela no Brasil; o Brasil na Telenovela, constituído de nove estudos, oito deles financiados pela FAPESP. Os dois livros são os primeiros resultados desse grande projeto.

Os debates contaram com a participação dos atores Eva Wilma, Carlos Zara e Umberto Magnani, do autor Lauro César Muniz, da professora Maria Teresa Fraga Rocco, e foram coordenados pela professora Maria Aparecida Baccega, que também coordena o projeto do Núcleo. A exposição da professora Maria Teresa, sobre as diferentes formas como a telenovela permanece na memória dos espectadores foi o ponto de partida para as discussões. Os participantes lembraram que, desde sua instalação no Brasil, nos anos setenta, a telenovela tem se afirmado como uma importante forma de expressão cultural, formando profissionais e ampliando o mercado de trabalho. Na opinião de atores e acadêmicos, o reconhecimento da sociedade também contribuiu para que a telenovela representasse a sobrevivência da dramaturgia brasileira durante o regime militar, período em que a censura impediu grande parte das manifestações culturais.

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