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Genética

Mesmo povo, origens diferentes

Estudantes da comunidade ashaninka de Pamaquiari, no Peru

Global Humanitaria / Flickr

Os Ashaninka, povos indígenas da Amazônia peruana e brasileira, formam pelo menos dois grupos genéticos distintos, moldados pela interação com outras populações dos Andes e da costa do Pacífico. Uma inesperada diversidade genética resultou da análise do genoma de 51 indivíduos Ashaninka não aparentados da Amazônia peruana feita por geneticistas, arqueólogos, linguistas e antropólogos da Itália, Irlanda, Peru, Argentina, Estados Unidos, Estônia, Alemanha, Suíça, Áustria e Brasil. Em escala continental, os ancestrais Ashaninka provavelmente remontam a uma migração sul-norte de indígenas que se mudaram para a floresta amazônica a partir de uma área do sudeste, com contribuições genéticas de indivíduos instalados no Cone Sul. As análises também revelaram conexões entre os ancestrais dos atuais Ashaninka e grupos que se mudaram para o Caribe. O contato com os europeus, no século XVII, causou uma grande redução populacional, principalmente por causa de doenças contra as quais os indígenas não tinham imunidade (Current Biology, 16 de março).

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