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Montanhas em movimento

Montanhas em movimento

yu zeng/uc berkeley

O sapo Quasipaa boulengeriyu zeng/uc berkeley

O sapo ao lado é ainda mais poderoso do que parece: ajudou a desvendar como aconteceu o soerguimento do Himalaia, a cadeia de montanhas que inclui o pico mais alto do mundo. Os sapos da tribo Paini, que inclui os gêneros Nanorana e Quasipaa, ficaram no mesmo lugar enquanto as rochas embaixo deles se chocavam, dobravam e formavam montanhas. Um grupo de pesquisadores de Kunming, na China, e da Universidade da Califórnia em Berkeley, fez análises genéticas em 24 espécies desses sapos que ao longo do tempo desenvolveram braços fortes e espinhudos, essenciais para segurar as fêmeas nos rios caudalosos das montanhas. A sequência das mudanças evolutivas por que passaram nos últimos 55 milhões de anos – enquanto se adaptavam ao frio, aos baixos teores de oxigênio e aos rios de águas rápidas – indica a ordem em que montanhas e sistemas de rios surgiram. As conclusões apoiam a teoria pouco difundida de que a Índia não empurrou a Ásia aos poucos, mas colidiu uma série de vezes, deslocando o que hoje é o sudeste da Ásia para o lado, em seguida o sul da China para leste e por fim a China central para nordeste (PNAS).

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