Imprimir PDF Republicar

Arte

Mudar para melhorar

Categoria Arte foi a que mais sofreu modificações até o formato atual

Sem títuloDe tempos em tempos, a Fundação Conrado Wessel modifica as normas do Prêmio FCW de Arte, Ciência e Cultura para aprimorar sua qualidade. Foi assim com a categoria Ciência, que era dividida em quatro subcategorias – Ciência Geral e três Ciências Aplicadas – no início da série de grandes nomes, em 2003, e hoje se limita a uma. Em Cultura, apenas a literatura foi contemplada nas quatro primeiras edições e só depois a música, a dança e as artes cênicas entraram na mira dos jurados. A mudança mais radical ocorreu na categoria Arte, que leva em conta os trabalhos fotográficos.

Conrado Wessel era fotógrafo profissional, publicitário, cinegrafista e foi o industrial pioneiro da fotografia na América Latina. Nascido em Buenos Aires, mas radicado em São Paulo desde o primeiro ano de vida, o empresário desenvolveu e patenteou uma nova fórmula para papel fotográfico no começo do século passado. Na década de 1920 fundou uma empresa para fabricar o papel, que em 1930 começou a produzir para a Kodak o papel Wessel, 100% de sua produção. O papel Kodak-Wessel passou, desde então, a ser utilizado em todo o mundo e a partir de 1954 perdeu o nome Wessel para se tornar apenas Kodak. Quando criou o Prêmio FCW de Arte, Ciência e Cultura no início deste século, a fundação decidiu homenagear seu instituidor ao determinar que a categoria Arte premiasse fotógrafos.

Nos primeiros anos do prêmio apenas as fotos feitas para campanhas publicitárias eram contempladas. Na sua primeira edição, o período de produção dos trabalhos abrangia de janeiro de 2000 a dezembro de 2002. Do segundo em diante a produção dos trabalhos se restringiu ao ano da edição do prêmio. O Prêmio FCW de Arte de 2003, por exemplo, analisou apenas as fotos daquele ano. A partir de 2006, a direção da fundação considerou que também os ensaios fotográficos, jornalísticos ou não, poderiam se inscrever para concorrer. A categoria foi dividida em duas: Fotografia Publicitária e Ensaios Fotográficos Temáticos.

Nova modificação ocorreu em 2008. Premiou-se Fotografia Publicitária (um ganhador), Ensaio Fotográfico Publicado (primeiro e segundo lugar) e Ensaio Fotográfico Inédito (um ganhador). A gradativa alteração no enfoque do prêmio terminou por favorecer os ensaios. A partir da edição de 2010, a FCW passou a premiar apenas os três primeiros lugares de Ensaio Fotográfico, sem a divisão de Inédito e Publicado. O crescente interesse e número de inscrições desse tipo de trabalho justificam a decisão. Nos dois primeiros anos do prêmio menos de 100 fotógrafos se inscreveram. Em 2014, houve 801 ensaios enviados por igual número de fotógrafos profissionais de todo o país.

Quem julga os trabalhos são outros fotógrafos e publicitários experientes com atuação no mercado e na academia. A comissão julgadora tem seus integrantes vinculados à Associação dos Profissionais de Propaganda, revista About, Biblioteca Nacional, Fundação Armando Álvares Penteado, Fotosite, Museu da Imagem e do Som e Universidade de São Paulo (ver o júri de Arte na página 49). Os três ganhadores em Arte dividem o prêmio de R$ 200 mil.

O valor do prêmio para Ciência, Medicina e Cultura é de R$ 300 mil para cada um, além de uma escultura do artista plástico Vlavianos e um certificado, também recebido pelos fotógrafos. No caso dessas três categorias, é importante observar que os laureados são reconhecidos por sua contribuição científica, médica ou artística, mas também pelos benefícios à sociedade (ver perfis a partir da página 14). Eles são escolhidos por especialistas indicados pelas 10 instituições parceiras da FCW, entre elas a FAPESP e a Academia Brasileira de Ciências (ver relação completa na página 48). Nas páginas seguintes, há a galeria de todas as personalidades e instituições contempladas até 2014. Tradicionalmente, no fim do ano, a fundação lança um livro com todas as fotos dos três ensaios premiados e dos 12 finalistas.

Republicar