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Tecnociência

Muito além dos vermífugos

Agora se sabe por que as cólicas, dores abdominais, vômitos, diarréias, fraqueza e palidez apareciam com freqüência entre os estudantes do Ciep Juscelino Kubitschek, no Rio de Janeiro. Eram sinais de verminoses. Uma equipe da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) constatou que 45% dos 800 estudantes – de 4 e 17 anos de idade, acompanhados desde 1997 – carregavam os vermes que causavam ascaridíase, estrongiloidíase, ancilostomíase (amarelão) ou tricuríase, além dos protozoários responsáveis pela amebíase e giardíase.

Considera-se aceitável até 17%. Depois de tratar os doentes com vermífugos, os pesquisadores da ENSP, sob a coordenação da pediatra Maria de Fátima Lobato Tavares, querem agora debater com professores e alunos questões como alimentação, higiene, saneamento, habitação, hábitos de vida e relações com o ambiente e com a família. “Procuramos sempre atender as demandas que a escola apresenta”, diz Maria de Fátima. O grupo da Fiocruz inicia agora o trabalho na segunda das quatro escolas que pretende atender. Na região vivem cerca de 40 mil pessoas em nove favelas e três conjuntos habitacionais.

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