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baixo aproveitamento

Muito dinheiro, pouco projeto

Universidades peruanas não estão conseguindo aproveitar uma parte significativa dos recursos públicos destinados a ciência e tecnologia, segundo estudo da Sociedade de Comércio Exterior do país (ComexPeru). A legislação peruana prevê que universidades estatais instaladas em áreas de exploração de petróleo, gás e minérios recebam 20% do total dos rendimentos e ganhos obtidos pelo Estado na exploração econômica desses recursos naturais, além de 5% dos royalties da exploração de minerais. As instituições estão obrigadas a destinar os recursos a atividades de pesquisa científica e tecnológica com impacto em sua região. De acordo com dados da ComexPeru, foi destinado em 2009 às universidades públicas o equivalente a US$ 283 milhões, mas elas só conseguiram gastar em pesquisa US$ 13 milhões. “Depois nos queixamos de que o Estado não destina recursos para a ciência”, disse à agência SciDev.Net Rafael Zacnich, economista que coordenou o estudo. Os dados, segundo ele, mostram a baixa capacidade de administrar recursos e tocar projetos para o desenvolvimento regional. Enquanto a Universidade Agraria La Molina, de Lima, investiu 45% dos recursos disponíveis para pesquisa, a Universidade Nacional San Antonio Abad Del Custo usou apenas 2,2% do quinhão a que teria direito.

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