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fronteira do conhecimento

Na fronteira do conhecimento

Rui Ochôa / Champalimaud FoundationCentro Champalimaud: pesquisa em oncologia e neurociênciaRui Ochôa / Champalimaud Foundation

Graças a € 500 milhões legados pelo milionário Antonio Champalimaud, que morreu de câncer em 2004, Portugal ganhou um centro que promete colocar sua pesquisa sobre câncer e neurociência na fronteira do conhecimento. O Centro de Investigação Champalimaud, em Lisboa, foi inaugurado no dia 5 de outubro seguindo um esquema em que a pesquisa e o atendimento médico estão totalmente integrados. “Os médicos que contratarmos terão 50% do seu tempo reservado à pesquisa”, disse ao jornal O Público o indiano Raghu Kalluri, professor da Universidade Harvard e diretor da divisão de oncologia do centro. James Watson, um dos descobridores do DNA, preside o comitê científico da instituição. O centro abrigará 12 equipes de pesquisadores, que serão recrutados em vários países a partir de janeiro. “Já fomos contatados por dezenas de grupos no mundo, cientistas consagrados dos Estados Unidos, da Europa, de Cingapura”, diz Kalluri. O complexo é composto por dois edifícios, ligados por uma ponte de vidro. Num deles vão funcionar os centros de diagnóstico e de tratamento, os laboratórios e os escritórios dos pesquisadores. O outro edifício abrigará um auditório, um centro de exposições, um restaurante e os escritórios da Fundação Champalimaud. Enquanto a pesquisa contra o câncer privilegiará a aplicação clínica dos resultados, a da neurociência será mais voltada para a investigação básica

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