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Nasce um planeta

Nasce um planeta

ESO/ L. CalçadaIlustração de disco de poeira (faixa azul) ao redor da T ChaESO/ L. Calçada

Usando o Very Large Telescope, conjunto de quatro telescópios ópticos do Observatório Europeu do Sul (ESO), instalado  em Cerro Paranal,  no Chile, um grupo de astrônomos observou  na constelação Camaleão  uma estrela de brilho  muito fraco com apenas  7 milhões de anos – a T Chamaeleontis (T Cha), parecida ao que deve ter sido o Sol no início de sua vida – ainda acompanhada do disco de poeira que existe na fase inicial da formação dos planetas.  No caso da T Cha, o disco, notaram os astrônomos,  é composto por duas faixas: uma mais próxima à  estrela e outra bem mais distante. Entre as faixas,  a uma distância semelhante  à que separa Júpiter  do Sol, os pesquisadores identificaram um objeto, que ainda não sabem dizer se é uma estrela muito pequena – uma anã marrom, por exemplo – ou, o que seria mais excitante, um planeta (Astronomy & Astrophysics, 12 de janeiro). Os planetas se formam  a partir dessa poeira,  mas a transição  do disco para um sistema planetário é rápida e poucos objetos são observados durante essa fase. Nenhum planeta foi visto em seu  anel de poeira, no caso da  T Cha, localizado a apenas 20 milhões de quilômetros da estrela, embora outros planetas já tenham  sido identificados antes  em discos mais antigos.

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