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No buraco negro da Internet

Quem imaginava que a reprodução na Internet de um artigo científico garantisse sua perenidade pode ter más surpresas. Jonathan Wren, do Centro Avançado de Tecnologia Genômica da Universidade de Oklahoma, constatou o que muitos já desconfiavam. A pesquisa começou quando o próprio cientista foi vítima do “buraco negro” da Internet. Ao procurar um artigo de sua autoria que deveria estar no serviço de consulta do governo norte-americano, o Medline, Wren descobriu que o documento simplesmente havia desaparecido (Nature , 8 de abril). Wren foi investigar e descobriu que um quinto dos endereços da Medline estava no limbo. Robert Dellavalle, da Universidade do Colorado, fez pesquisa semelhante e observou que 12% dos endereços mencionados em prestigiados órgãos de divulgação científica como The New England Journal of Medicine e Science viraram poeira dois anos após a publicação. Teme-se que o problema gere fraudes: com o buraco negro, fica difícil averiguar se uma citação de artigo científico é real ou não.

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