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BOAS PRÁTICAS

Nova editora do JAMA promete mais diversidade e equidade nos artigos

Nova editora da Jama promete mais diversidade e equidade no conteúdo selecionado

Wikimedia Commons

A nova editora do Journal of the American Medical Association (JAMA), Kirsten Bibbins-Domingo, prometeu ampliar a diversidade e a equidade nos artigos publicados na revista. Em entrevista ao site de notícias de saúde Stat, ela disse que, em reconhecimento à variedade de leitores e autores que utilizam o periódico, buscará um grupo mais diversificado de revisores e encorajará submissões de pesquisadores de todo o mundo. As taxas de processamento de artigos (APC) cobradas de autores poderão inclusive ser dispensadas, se forem proibitivas para pesquisadores de países de renda baixa.

A médica acrescentou que a revista não está interessada em temas que afetem apenas pacientes ou cientistas norte-americanos e que seu modelo de publicação precisa levar em conta a realidade de cientistas em início de carreira, de nações mais pobres e de instituições com menos recursos. “Queremos nos comunicar com o público mais amplo possível”, afirmou. Bibbins-Domingo assumiu a direção do JAMA em julho. Ela é a segunda mulher e a primeira negra a liderar a revista em seus 139 anos de história.

A médica substituirá Howard Bauchner, que renunciou ao cargo em 2021 em decorrência de uma polêmica envolvendo um podcast produzido pela revista sobre racismo estrutural na medicina. O programa foi ao ar em fevereiro e não incluiu nenhum pesquisador negro ou especialista em racismo na medicina. Em seguida, ao promover o podcast no Twitter, o perfil oficial do JAMA escreveu: “Nenhum médico é racista, então como pode haver racismo estrutural nos cuidados de saúde?”. Em comunicado, Bauchner disse: “Estou profundamente decepcionado comigo mesmo pelos lapsos que levaram à publicação do tweet e do podcast”. E completou: “Embora não tenha escrito ou mesmo visto o tweet, ou criado o podcast, como editor-chefe sou responsável por eles”.

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