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Brasil

Nova terapia contra a malária

A artemisinina, o princípio ativo da tradicional erva chinesa Artemisia annua, usada na China no combate a febres há mais de mil anos, está ajudando ainda mais a província africana de KwaZulu-Natal a lutar contra a malária, que neste ano pode matar 1 milhão de africanos, a maioria na África subsaariana e com menos de 5 anos.

Em 2001 foi feita uma mudança simples na combinação dos medicamentos: uma terapia baseada na artemisinina (artemether-lumefantrina) substituiu a que vinha sendo adotada, chamada SP (sulfadoxina-pirimethamina), por recomendação das autoridades sanitárias.

Em conseqüência, os casos de malária em KwaZulu-Natal caíram 78%, despencando de 41.768 em 2000 para 9.473 em 2001 (Science in Africa). Em 2002 registrou-se um decréscimo adicional de 75% nas notificações, o que significa apenas 2.345 casos documentados.

Diferentemente da medicação anterior e de quase todos os outros tratamentos, os derivados da artemisinina parece ter um efeito direto na redução da transmissão da malária, de acordo com a médica Karen Barnes, integrante de uma força-tarefa, a South East African Combination Anti-Malarial Therapy, destinada a controlar a doença. Segundo ela, a terapia SP, implantada na região há 12 anos, estava falhando em 88% dos casos.

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