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Tecnociência

Novas luzes sobre Stonehenge

Com a ajuda dos mais avançados equipamentos de laser, uma equipe formada por especialistas em computação e arqueólogos conseguiu desvendar alguns dos mistérios que envolvem Stonehenge – impressionante conjunto megalítico das Ilhas Britânicas e um dos principais sítios arqueológicos europeus. Pela primeira vez foi utilizado laser para examinar as pedras, o que levou à descoberta de duas pontas entalhadas de machado de bronze. As explorações foram feitas entre 2002 e 2003 por duas empresas britânicas: a Wessex Archaeology, de Salisbury, e a escocesa Archaeoptics, de Glasgow.

Os machados estão entalhados em uma única pedra, sofreram erosão e não podem ser vistos a olho nu. Um dos entalhes mede cerca de 15 centímetros quadrados e pode esconder, na verdade, duas pontas de machado, uma em cima da outra; o outro tem menos de 10 centímetros quadrados. Para conseguir encontrá-los, a Archaeoptics utilizou um scanner capaz de capturar 300 mil pontos em 3 segundos. Com isso, conseguiu reproduzir 9 milhões de pontos tridimensionais das pedras em 30 minutos. Levou então dois dias para criar modelos de alta precisão para esses pontos.

Para serem visualizados, eles foram convertidos em superfícies formadas por milhões de triângulos e trabalhados por um software desenvolvido pela empresa. Os pesquisadores só examinaram três dos megalitos e acreditam que, se as outras 83 pedras forem escrutinadas, encontrarão mais objetos entalhados. Machados e adagas trabalhados na pedra já haviam sido encontrados no sítio 50 anos atrás, mas não foram minuciosamente estudados. Agora, comparando uma foto de um machado descoberto em 1953 com os registros visuais de seus achados, os pesquisadores concluem que a erosão avançou provavelmente pelo fato de os visitantes tocarem as pedras.

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