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Tecnociência

Novo diagnóstico para câncer de boca

Os médicos costumam alertar para as manchas brancas que aparecem no interior da boca – podem ser um sinal de câncer. Mas, precisamente, quando? Um grupo de pesquisadores da Universidade de Oslo – a maior e mais antiga instituição de ensino superior da Noruega, criada em 1811 – descobriu como diagnosticar o câncer de boca, que afeta cerca de 300 mil pessoas no mundo, por meio da simples contagem do número de cromossomos das células dessas manchas, chamadas leucoplaquia e antes extraídas, por precaução.

Se há 46 cromossomos, como na maioria das células humanas, é improvável o surgimento de câncer. Se há o dobro – ou o total não pode ser dividido por 23, o número de cromossos herdados de cada pai – o câncer é mais provável. Para chegar a essas conclusões, publicadas no New England Journal of Medicine, Jon Sudbo, de Oslo, acompanhou durante quase nove anos 150 pacientes com manchas brancas cujas células mostravam formação e organização anormais, uma forte indicação de desenvolvimento de câncer.

No outro grupo, de 103 pacientes com 46 cromossomos nas células das manchas brancas, apenas três desenvolveram câncer, que surgiu também em todos os 20 pacientes com 92 cromossomos. Ainda não é a prova dos nove: três em cada cinco pacientes com câncer na boca têm 46 cromossomos. Outros testes genéticos em andamento indicam que o câncer pode surgir também pela perda de um gene das células das manchinhas – e quanto maior a perda, maior o risco de surgirem problemas.

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