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Tecnociência

O aço unido ao diamante

O químico Ivan Buijnsters, da Universidade de Nijmegen, na Holanda, conseguiu juntar a dureza do diamante com a resistência do aço em uma única peça, aplicando uma camada adesiva entre a superfície de aço e o revestimento de diamante. Buijnsters já produzia esse revestimento a partir da diluição de metano em hidrogênio. Por meio dessa técnica, os átomos de carbono presentes no metano desprendem-se formando uma fina camada de diamante que adere a diversas superfícies.

O problema é que, aplicado ao aço, o carbono penetra no metal e produz grafite em vez de diamante. Buijnsters pôs-se então a procurar um terceiro material capaz de grudar no aço e deter a passagem dos átomos de carbono. No início, o silício parecia um bom candidato, mas falhou por deixar os átomos passarem. Já o nitreto de cromo produziu boas camadas de diamante em vários tipos de aço, mas de má qualidade no aço inoxidável. O campeão foi o boro, que se saiu bem em todas as variedades do metal, além de permitir uma expansão adequada da superfície externa do aço durante a aplicação do diamante a 600º C.

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