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brilho do mundo

O brilho do mundo

Retrato de três jovens da família Buonarroti, atribuído a Anastagio FontebuoniPor trás dos olhos, a melanopsinaRetrato de três jovens da família Buonarroti, atribuído a Anastagio Fontebuoni

As células da retina conhecidas como cones e bastonetes não são as únicas a converter estímulos luminosos em elétricos, que seguem ao sistema nervoso central e indicam se o que está à frente é um tigre ou um ônibus. Essa habilidade pode ser estendida a um pequeno número de neurônios da retina que expressam a proteína melanopsina, antes vista apenas como sensor de luz capaz de regular o ciclo circadiano. Pesquisadores da Universidade de Manchester e da University College London, ambas na Inglaterra, e do Instituto Salk, Estados Unidos, verificaram que a melanopsina pode transmitir informações sobre a variação de intensidade e de brilho dos objetos diretamente aos centros visuais do cérebro, mesmo sem a ativação de cones e bastonetes (PLoS Biology, 7 de dezembro). Esse estudo, feito em camundongos, ajuda a entender por que muitas das pessoas que apresentam variados graus de cegueira por degeneração dos cones e bastonetes percebem diferenças no brilho dos objetos que as cercam.

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