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Energia

O fim de um reator de fusão nuclear

EUROfusion / Wikimedia CommonsInterior do JET, com ímãs para comprimir isótopos de hidrogênioEUROfusion / Wikimedia Commons

Começou em dezembro de 2023 e deve terminar em 2040 a desmontagem do Joint European Torus (JET), um dos mais importantes reatores de fusão nuclear do mundo. Em operação desde junho de 1983 no Centro Culham de Energia de Fusão (CCFE), em Oxfordshire, no Reino Unido, o equipamento foi o primeiro a fazer um experimento com deutério e trítio (átomos de hidrogênio com um e dois nêutrons, respectivamente) em 1991 e quebrou o recorde de quantidade de energia criada por meio da fusão em 2022. Funcionou pela última vez em dezembro de 2023. Sua desativação foi consequência da saída do Reino Unido da Comunidade Europeia da Energia Atômica (Euratom), que financiava a pesquisa com o reator. Os engenheiros pretendem reciclar as peças do reator, incluindo o trítio, que poderia ser reutilizado como combustível. O JET é um teste para o Reator Termonuclear Experimental Internacional (Iter), um reator de fusão de US$ 22 bilhões que está sendo construído no sul da França com o propósito de demonstrar a viabilidade da fusão como fonte de energia. Ambos são reatores do tipo tokamak, que confina o gás em suas cavidades em forma de donut. O JET usa ímãs para comprimir um plasma de isótopos de hidrogênio, 10 vezes mais quente que o Sol, até que os núcleos se fundam (Nature, 22 de janeiro).

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