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Especial

O futuro da genômica no Brasil

Demonstrada a expertise dos paulistas, abrem-se novas chances para a pesquisa de genoma no país

Realizado e largamente reconhecido o feito paulista de seqüenciar completamente o primeiro genoma de um fitopatógeno, o momento se apresenta fecundo para reflexões sobre o futuro da genômica no Brasil, contra o pano de fundo mais amplo do futuro da pesquisa científica neste país. E são reflexões nesse sentido que emergem dos textos reunidos neste encarte especial, mesmo quando, para traçar essas antevisões, as palavras esquadrinham muita coisa do passado recente e remoto do panorama da pesquisa brasileira – detendo-se no que significa São Paulo ter feito o projeto da Xylella ou nos esforços nacionais de acumulação de competência científica que floresceram, por exemplo, nesse projeto.

O encarte reúne entrevistas do pesquisador George Simpson, coordenador de DNA do projeto Genoma Xylella fastidiosa , do pesquisador belga André Goffeau, membro do comitê consultivo externo do projeto, e do físico José Fernando Perez, diretor científico da FAPESP; a transcrição dos discursos do governador paulista Mário Covas e do Ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Mota Sardemberg, proferidos durante a bela festa oferecida pelo governo estadual aos pesquisadores da Xylella , em 21 de fevereiro passado; e um artigo do professor Carlos Henrique de Brito Cruz, presidente da FAPESP, originalmente publicado na Folha de São Paulo, de 22 de fevereiro e, gentilmente cedido pelo jornal para publicação neste encarte (por razões de espaço, fizemos alguns cortes na versão original).

As visões apresentadas nesses textos são diferentes, multifacetadas e, em alguns pontos – especialmente naqueles que tratam do que deve ser feito daqui por diante para que o país consolide a posição de destaque que conquistou na pesquisa internacional de genômica -, francamente divergentes. E é natural que assim seja. Como bem diz o professor Perez, quando se olha do alto de um morro uma paisagem totalmente aberta, as visões são múltiplas. Daí, o desafio passa a ser precisamente definir qual o melhor caminho a tomar.

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