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Genética

O genoma do tambaqui

Exemplares de tambaqui, fotografados no Aquário de São Paulo

Léo Ramos Chaves

Pesquisadores liderados pelo zootecnista Alexandre Hilsdorf, da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), concluíram o sequenciamento e a análise do genoma do tambaqui, o segundo maior peixe da Amazônia e um dos mais apreciados na região pelo sabor de sua carne. Com nome científico de Colossoma macropomum, o tambaqui alcança até 1 metro de comprimento e chega a pesar 30 quilos. Sua produção em cativeiro atinge pouco mais de 100 mil toneladas por ano, perdendo apenas para a da tilápia. Em parceria com colaboradores do Reino Unido, das universidades de São Paulo (USP) e Estadual Paulista (Unesp) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Hilsdorf sequenciou 1.221.847.006 pares de bases do genoma do peixe e identificou 31.149 genes (GigaByte, 27 de setembro). “Esse é o primeiro peixe brasileiro de interesse comercial com seu genoma inteiramente anotado com qualidade para estar disponível no banco de dados de genomas do National Center for Biotechnology Information”, conta. O trabalho abre caminho para o melhoramento genético do tambaqui. Em 2020, Hilsdorf e colaboradores identificaram 13 genes potencialmente associados à ausência de espinhas intermusculares em tambaqui, o que pode ser de interesse comercial.

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