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Impasse mexicano

O impasse da ciência mexicana

Régis Lachaume / Wikimedia CommonsUnam, centro de inovaçãoRégis Lachaume / Wikimedia Commons

“O México compra 94% de sua tecnologia e só 6% resultam de nossas próprias invenções”, afirmou Arturo Menchaca-Rocha, presidente da Academia Mexicana de Ciências, em meio a um debate recente sobre a crescente importação de tecnologia, que quintuplicou os pagamentos de royalties na última década (SciDev, 30 de maio). A contínua saída de pesquisadores e a débil integração entre pesquisa básica e os interesses das empresas em parte explicam essa situação, para a qual agora se buscam saídas urgentes. O Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (Conacyt) criou um programa de incentivo à pesquisa tecnológica em 2002, mas o cancelou em 2007, após severas críticas de que as empresas estavam usando o programa não necessariamente para fazer pesquisa, mas principalmente para evitar o pagamento de impostos. O governo criou três outros programas, mas muitas empresas e universidades querem o restabelecimento da isenção de impostos para quem investir em inovação. Um estudo da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam) indicou que a inovação ainda está concentrada em instituições públicas, como a própria Unam, e, proporcionalmente, o setor público desenvolve 10 projetos de inovação enquanto as empresas privadas geram apenas um. Nos últimos oito anos o governo do México tem investido entre 0,3 e 0,4% do produto interno bruto (PIB) em ciência e tecnologia.

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