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Vinho medicinal

O primeiro vinho medicinal

W. PRATTJarra do faraó para bebida terapêuticaW. PRATT

Os antigos egípcios já misturavam ervas e resinas de árvores no vinho e o bebiam com fins medicinais há mais de 5 mil anos. Análises químicas mostraram vestígios de ácido tartárico e tartarato (indícios de um fermentado de uvas), de bálsamo, coentro, menta, sálvia e resina de pinho numa jarra de vinho resgatada da tumba do faraó Scorpion I, 3.150 a.C. Resíduos de resina de pinho e alecrim numa ânfora do sítio de Gebel Adda, no sudeste do Egito, com idade estimada entre os séculos IV e VI d.C. – cerca de 3.500 anos depois da morte do faraó -, indicam que a prática medicinal deve ter sido usada por milênios. A descoberta publicada na PNAS foi feita pela equipe de Patrick McGovern, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e indica que a civilização que floresceu ao redor do Nilo já usava compostos orgânicos em sua farmacopeia ao menos mil anos antes do que se acreditava. Até se saber do vinho de Scorpion I, a referência mais antiga ao emprego de ervas medicinais pelos egípcios era um papiro de 1.850 a.C.

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