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Estratégias

O temor da radicalização

Algumas das principais entidades científicas do país condenaram o tratamento dado pelo Greenpeace em seu site na internet aos membros da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), cujas fotos foram estampadas num dos links do portal, com os dizeres “Eles podem decidir o que você vai comer”. O site convidava os internautas a enviar mensagens de repúdio a eventuais aprovações de produtos transgênicos, remetidas para os e-mails dos representantes da comissão, que tem a incumbência de avaliar a segurança de organismos geneticamente modificados. O Greenpeace, como se sabe, é radicalmente contrário aos transgênicos. Os presidentes da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ennio Candotti, e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Eduardo Krieger, divulgaram notas defendendo o trabalho e a idoneidade dos pesquisadores com assento na CTNBio. A Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq) também manifestou contrariedade e saiu em defesa dos cientistas. “São pessoas idôneas, com um passado de dedicação à busca da verdade pela ciência, e que certamente usarão seus conhecimentos e a sua cidadania para tomarem a decisão que lhes cabe”, disse o presidente da entidade, Paulo Sergio Lacerda Beirão. O temor das entidades científicas é de que a radicalização dos grupos ambientalistas possa colocar em risco a integridade física dos pesquisadores.

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