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urbanismo

Obras assinadas por estrelas da arquitetura e seu impacto nas cidades

Wladyslaw Sojka / Wikimedia Commons Museu de arte moderna de Graz, na Áustria, cujas formas inusitadas foram apelidadas de “amigáveis para alienígenas”Wladyslaw Sojka / Wikimedia Commons

Pesquisadores da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, constataram que a construção de grandes obras arquitetônicas tem impacto limitado sobre o desenvolvimento econômico e social das pequenas e médias cidades que as abrigam. O grupo, vinculado ao Instituto de Desenvolvimento Urbano da universidade e liderado por Nadia Alaily-Mattar, queria avaliar até que ponto pode ser reproduzido o “efeito Bilbao”, que foi a revitalização da cidade industrial espanhola após a inauguração em 1997 de uma filial do Museu Guggenheim assinada pelo arquiteto Frank Gehry. Com base em três estudos de caso, os pesquisadores concluíram que os projetos arquitetônicos analisados, erguidos nos últimos 20 anos, não melhoraram a economia das cidades em que foram implantados. Ainda que tenham movimentado o turismo e a vida cultural, não tiveram influência perceptível na geração de empregos (Journal of Urban Design, 11 de dezembro de 2017). Os exemplos avaliados foram o da cidade austríaca de Graz e seu museu de arte moderna assinado pelo inglês Peter Cook, cuja forma lembra uma bolha de sabão alongada; o de Lucerna, na Suíça, e seu centro de convenções e cultura composto por três prédios separados por canais, projetado pelo francês Jean Nouvel; e o de Wolfsburg, na Alemanha, com seu centro de ciências Phaeno, um projeto futurista da iraniana Zaha Hadid. Se o impacto econômico foi restrito, o valor das obras é mensurável do ponto de vista urbanístico, por integrar distritos que não se conectavam e mudar as relações espaciais nas cidades, disse Nadia Alaily-Mattar, segundo o serviço de notícias Eurekalert.

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