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Brasil

Os belos e perigosos seres do mar

Moréias lembram uma cobra, parecem bravas, mas são peixes pacíficos. O problema é que têm visão ruim e podem confundir o dedo dos banhistas em férias com comida e morder com força. As esponjas-do-mar são belíssimas, mas aprecie a distância: quando tocadas, causam irritação na pele e dor que podem durar dias.

Como na praia ou no mar nem sempre o que é belo é inofensivo, uma equipe de pesquisadores começou neste mês a distribuir o folheto Animais marinhos – prevenção de acidentes e primeiros cuidados , com descrições e sugestões de procedimentos para os amantes do mar saírem dos imprevistos: se, por exemplo, um polvo agarrá-lo um dia, mantenha a calma e aperte a cabeça do animal, que assim soltará os tentáculos.

Em praias rochosas ou com pedras soltas, o melhor é caminhar com algum tipo de calçado: nas rochas geralmente há cracas e ostras, cujas bordas afiadas podem cortar e causar infecções, quando abrigam bactérias e fungos. O folheto é assinado por Alvaro Esteves Migotto, do Centro de Biologia Marinha (CEBIMar) da Universidade de São Paulo (USP), Shirley Pacheco de Souza, do Instituto Terra&Mar, e Vidal Haddad Junior, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Pode ser complementado com os detalhes sobre identificação e tratamento de acidentes encontrados no endereço eletrônico www.dangerousaquaticanimals.com.br, criado por Haddad Junior. Ele próprio, em um estudo publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical , analisa do ponto de vista médico os principais causadores de acidentes provocados por animais marinhos: das 236 ocorrências que ele observou em 2003, metade era causada por ouriços-do-mar e 25% pelos cnidários como medusas e caravela.

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