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Olfato

Os cheiros, além do som e da fúria

Um estudo realizado na Universidade Northwestern, em Chicago, Estados Unidos, mostra como os aromas – mesmo em baixíssimas concentrações – podem interferir no julgamento e no humor das pessoas, soberbamente influenciadas pelo que vêem e ouvem (The Economist, 6 de dezembro). Wen Li e sua equipe pediram a um grupo de 31 voluntários que cheirassem jarros com três fragrâncias – de cítricos, aniz e valeriana – tão diluídas que se tornavam imperceptíveis. Um óleo mineral sem cheiro detectável em qualquer concentração servia como controle. Depois de inspirar um dos três odores ou o óleo inodoro, cada participante pressionava um botão para indicar se o jarro cheirava a algo ou não. Em seguida, viam a imagem de um rosto numa tela durante um segundo. Cada voluntário tinha de pontuar a aceitação da imagem. De acordo com o trabalho publicado na Psychological Science, os odores influenciaram o julgamento: quem havia inalado valeriana tendia a reagir negativamente à imagem, enquanto os que cheiraram o odor cítrico consideravam o rosto amigável. Quando percebiam conscientemente um cheiro, o efeito sobre a imagem desaparecia.

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