Imprimir PDF Republicar

Tecnociência

Os homens e as tartarugas

Um estudo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) estima que cerca de 50 tartarugas marinhas acabem morrendo, todo ano, em conseqüência da ação dos pescadores e dos próprios pesquisadores. Já na lista de animais em risco de extinção, esses répteis podem ser presos em redes de arrasto e trazidos para a terra, junto com os peixes e outros animais. Por essa razão, os especialistas do Grupo de Estudos de Sirênios, Cetáceos e Quelônios (GESCQ) da UFPE procuram convencer os pescadores para que deixem de usar essas redes. Já há um avanço: os pescadores tornam-se importantes auxiliares na descrição dos hábitos de cada espécie.

No litoral de Pernambuco a equipe encontrou até mesmo tartarugas gigantes (Dermochely cariaceia ), além da tartaruga-verde (Chelonia mydas ), a cabeçuda (Careta careta ) e a tartaruga-de-pente (Eretmochely imbricata ). O grupo de estudos, que há dois anos acompanha o ciclo reprodutivo das tartarugas, verificou também que a ação humana, mesmo quando bem-intencionada, pode prejudicar o desenvolvimento das tartarugas: ao reorganizar os ninhos, para melhorar as condições de sobrevivência dos embriões, os pesquisadores notaram que a própria manipulação reduz a eclosão dos ovos.

Republicar