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Tecnociência

Os médicos e os erros médicos

Médicos dos Estados Unidos e do Canadá aceitam a idéia de expor aos pacientes os erros que cometeram, mas divergem sobre quando e como os contariam. Thomas Gallagher, da Universidade de Washington, com base em entrevistas feitas com 1.233 médicos dos Estados Unidos e 1.404 do Canadá, verificou que a maioria dos pacientes quer informações detalhadas sobre os erros por que passaram, uma declaração explícita de que algo indesejado ocorreu, um pedido de desculpas e uma explicação do que será feito para evitar outras falhas. Porém só chegam aos pacientes os relatos de menos da metade dos erros médicos (Archives of Internal Medicine). A equipe de Gallagher apresentava aos médicos erros mais evidentes, como deixar uma esponja no corpo do paciente, e outros menos, como um dano interno causado pela pouca habilidade em lidar com um instrumento cirúrgico, e depois perguntava se e como contariam ao paciente. Resultados: 65% realmente contariam os erros, 29% provavelmente contariam, 4% só contariam se o paciente pedisse e 1% não diria nada; 42% usariam a palavra erro, 56% algo mais ameno, como efeito adverso, em vez de erro, 50% dariam detalhes e 13% não dariam maiores explicações. Os canadenses exibiram maior disposição em falar sobre os erros e em conversar com o paciente. Para a maioria (66%), comunicar os erros pode aumentar a confiança dos pacientes e reduzir o risco de processos judiciais.

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