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Resenha

A velhice em nova perspectiva

Os novos idosos brasileiros: muito além dos 60?

O país do futuro não pensou que, um dia, ia se tornar uma nação de velhos, mas, como mostram os artigos reunidos neste livro, a população brasileira envelhece rapidamente, fazendo dos idosos um dos maiores dilemas para o século 21. O eixo central do estudo é buscar uma avaliação crítica da relação entre envelhecimento e dependência, o que obriga ao entendimento da complexidade e da heterogeneidade do chamado grupo social dos idosos.

Os dados dos pesquisadores dão o que pensar: 87,1% dos idosos do sexo masculino chefiam famílias, 72,6% trabalham 40 horas ou mais por semana e apenas 12,7% têm um rendimento inferior a um salário mínimo por mês ou não têm renda. No caso das mulheres, os números mudam radicalmente: quase 20% delas vivem em casa de parentes, 18,5% não têm renda e 17,1% não têm autonomia para lidar com atividades do cotidiano.

Diante desse quadro, os autores se questionam se não existe “um conflito de gerações nas políticas públicas”. Tem-se como premissa básica que uma política para a população idosa deve ser parte de uma política nacional de desenvolvimento sustentável, objetivando aumentar o bem-estar da população como um todo. De acordo com os estudos do livro, o idoso participa do mercado de trabalho até em idades avançadas mesmo na condição de aposentado. A atuação no mercado de trabalho é uma especificidade brasileira, que permite a sua volta à atividade econômica sem perder a renda da aposentadoria.

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