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Tecnociência

Os profundos tremores do Acre

Sob os cuidados de geólogos da Universidade de Brasília, começou a funcionar em meados de maio um sismógrafo de alta sensibilidade, com sensores instalados a 100 metros de profundidade, numa reserva de floresta fechada, em Samuel, a 80 quilômetros de Porto Velho, capital de Rondônia. O equipamento vai registrar a atividade sísmica desse Estado, peculiar por apresentar tremores intensos, com magnitude ao redor de 7, mas raramente sentidos pela população por serem profundos, originados a até 600 quilômetros abaixo da superfície.

Se fossem mais rasos, causariam sérios danos às casas, alerta Lucas Vieira de Barros, coordenador do Observatório Sismológico da UnB, que acompanha o tectonismo da região. Os abalos profundos no Acre resultam do mergulho (subducção) da placa de Nazca sob a placa Sul-Americana, sobre a qual está localizada a América do Sul. Poucos dias depois de entrar em operação, o sismógrafo registrou um tremor de magnitude 6,6 no Caribe, norte da Amazônia, cerca de mil quilômetros do Acre.

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