Os pesquisadores do Sloan Digital Sky Survey (SDSS), um megaprojeto de mapeamento do Universo realizado por instituições dos Estados Unidos, Alemanha e Japão, estão se superando. Há um ano, anunciaram a descoberta do objeto mais distante da Terra, um quasar (núcleo de galáxia muito ativo) com redshift de 5,8 (redshift é uma unidade que mede a velocidade de afastamento ou recessão cósmica e se traduz diretamente em distância: uma galáxia a 3,26 milhões de anos-luz, por exemplo, se afasta da Terra a 50 km/s). Em junho, foi divulgado nos Estados Unidos que os dois quasares mais distantes – e, ao mesmo tempo, objetos celestes mais distantes que se conhecem – situam-se na verdade a 6,0 e 6,2 redshifts, cerca de 14 bilhões de anos-luz da Terra. A equipe do SDSS fotografou também a galáxia NGC 4753, bem mais próxima: a 50 milhões de anos-luz. O interesse científico por ela reside em seus filamentos de poeira, vistos como prováveis remanescentes de uma pequena galáxia espiral, que a NGC 4753 tenha capturado.
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