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Tecnociência

Os riscos da soja durante a gravidez

Um estudo coordenado pelo urologista Sabra Klein, da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, Estados Unidos, constatou anomalias sexuais sérias e de longa duração em ratos machos cujas mães consumiram, durante a gravidez, grande quantidade de uma substância encontrada na soja (NewScientist, 15 de fevereiro). As fêmeas grávidas receberam uma alimentação enriquecida com genistein — fitoestrógeno da soja — em quantidade equivalente à de uma dieta humana medianamente rica em soja.

Os ratos machos nascidos dessas fêmeas cresciam com as glândulas da próstata mais desenvolvidas e testículos menores. Tentavam copular com as fêmeas, mas não conseguiam ejacular. Tais efeitos foram verificados tanto em machos que continuaram alimentando-se com genistein quanto em outros aos quais não se deu mais a substância — o que parece indicar que o consumo uterino é muito mais efetivo. Não se conhece nenhum caso dessa gravidade na Ásia, onde a soja é um alimento comum, mas já foi detectado um risco maior de um tipo de malformação em que a uretra se desenvolve da parte externa do pênis em homens cujas mães tiveram uma dieta vegetariana durante a gravidez.

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