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Ambiente

Os riscos do progresso

NASAAmazônia: desmatamento segue estradaNASA

Os planos do governo para o desenvolvimento da Amazônia brasileira – que incluem a construção de milhares de quilômetros de estradas e dez represas hidrelétricas – ameaçam parte da biodiversidade dessa região, que abriga por volta de um sexto de todas as espécies de aves, mamíferos e anfíbios do mundo. Durante o doutorado na Universidade Duke, nos Estados Unidos, a ecóloga Mariana Vale fez uma projeção do que pode acontecer com 39 espécies de aves amazônicas até 2020, caso os planos de desenvolvimento se concretizem. Ela prevê que oito dessas espécies, com nomes inspiradores como choca-de-garganta-preta, dançador-de-coroa-dourada e pica-pau-anão-da-várzea, se tornem ameaçadas de extinção. Outras oito deverão perder pelo menos metade do ambiente natural em que vivem no Brasil. Detalhadas em um artigo a ser publicado na Conservation Biology, essas projeções trazem um alerta: aves que vivem perto de rios e em florestas de várzeas – zonas que já sentem o impacto do desenvolvimento e há tempos são palco de exploração madeireira – são as mais ameaçadas.

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