O Comitê de Ética em Publicações (Cope), um fórum internacional de editores de revistas científicas que se dedica a temas de integridade, publicou uma declaração em que critica as restrições impostas por agências de fomento dos Estados Unidos ao financiamento e à publicação de pesquisas que usem termos como “gênero”, “cisgênero” ou “equitativo” ou que tratem de tópicos relacionados a igualdade e inclusão.
O texto enfatiza a convicção do Cope de que “a influência indevida de qualquer entidade política, corporativa ou social é contrária aos princípios éticos fundamentais da independência editorial e da liberdade acadêmica” e sugere que os editores resistam ao assédio. “Apelamos a todos os envolvidos na publicação acadêmica para que se guiem por esses princípios ao tomar qualquer ação em resposta à pressão externa.”
O comunicado menciona declarações anteriores do Cope para respaldar a orientação. Uma delas, denominada “Lidando com a censura” e lançada em 2024, afirma que “autores e editores estão em melhor posição para determinar a linguagem apropriada a ser usada em suas respectivas áreas”. Outra, também de 2024, publicada com o título “Lidando com intrusões geopolíticas nas decisões editoriais”, sustenta que “as escolhas de publicação não devem ser influenciadas por políticas governamentais externas, a menos que o cumprimento de leis esteja em jogo”.
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