
Universidade RMITTubo vazio de papelão, com taipa confinada e com cobertura de polímero reforçado com fibra de carbonoUniversidade RMIT
Uma equipe da Universidade RMIT, da Austrália, combinou a durabilidade da taipa – uma técnica de construção de paredes que utiliza barro amassado para preencher os espaços criados por grades de varas ou bambus – com a versatilidade do papelão, criando um material reutilizável composto de papelão, água e terra. Segundo os pesquisadores, o novo material, chamado de taipa confinada com papelão, elimina a necessidade de cimento e apresenta um quarto da pegada de carbono e menos de um terço do custo do concreto. “Usando simplesmente papelão, solo e água, podemos construir paredes robustas o suficiente para suportar edifícios baixos”, disse Jiaming Ma, da RMIT, em um comunicado da universidade. A taipa confinada em papelão poderia ser produzida no canteiro de obras, compactando a mistura de solo e água dentro da fôrma de papelão, manualmente ou com máquinas. Para Ma, essa pode ser uma solução eficaz para a construção em áreas remotas, com abundância de solos vermelhos, ideais para construções com taipa, uma técnica ainda bastante usada no mundo. A resistência mecânica do novo material varia de acordo com a espessura dos tubos de papelão (Structures, outubro).
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