É preciso escolher bem o momento e a região em que se deve atingir um asteroide com um foguete para evitar uma colisão com a Terra. Em certos casos, o impacto pode aproximar o astro do planeta, ao invés de afastá-lo. Já uma escolha bem-feita permite desviar a trajetória do objeto ameaçador gastando menos energia. Físicos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Guaratinguetá chegaram a essa conclusão ao fazer simulações com o asteroide 101955 Bennu, um corpo rochoso de 490 metros de diâmetro que, em sua órbita ao redor do Sol, pode cruzar o caminho da Terra. Há uma probabilidade baixíssima (0,0005%), mas não desprezível, de ele se chocar com o planeta entre os anos de 2178 e 2290. Sob a orientação de Antonio de Almeida Prado e Othon Winter, o físico Bruno Chagas avaliou o efeito do impacto de um objeto lançado contra o Bennu em diferentes pontos de sua órbita. Se o choque ocorrer nos momentos em que o astro se aproxima da Terra, em passagens anteriores à colisão, é possível amplificar o efeito e mudar a trajetória com menos energia (Scientific Reports, 9 de julho).
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