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Boas práticas

Para reconhecer a diversidade na pesquisa

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A Cell Press, que edita mais de 50 periódicos, entre os quais os prestigiosos Cell, Neuron e Current Biology, adotou uma política inovadora para estimular a diversidade e a inclusão na pesquisa científica. Os autores de artigos submetidos para publicação agora têm a chance de destacar seus esforços, por exemplo, para incorporar diferenças de raça e de gênero em seus alvos de pesquisa, como o uso de linhagens celulares etnicamente diversas ou conjuntos de dados genômicos representativos de ambos os sexos. Eles também podem salientar o apoio que receberam de programas que promovem a diversidade no ambiente acadêmico. Tais informações podem ser apresentadas em uma declaração semelhante às que expõem conflitos de interesse ou que esmiúçam a contribuição específica de cada autor do trabalho.

“É uma forma de reconhecimento dos autores que trabalharam para melhorar a inclusão e a diversidade na ciência e encorajar outros a fazer ainda mais no futuro”, disse, em um comunicado, a vice-presidente editorial da Cell Press, a bióloga molecular Deborah Sweet. “Essas declarações provavelmente vão ser feitas apenas por pesquisadores que já compreendem a importância da equidade, diversidade e inclusão”, afirmou à revista Science a ecóloga Daniela Roessler, pesquisadora em estágio de pós-doutorado na Universidade Harvard e líder de um grupo que pressiona as editoras científicas a reconhecer esforços de inclusão. “Mas isso vai ampliar a visibilidade desse empenho e permitir que não apenas os autores, mas também os periódicos, tomem uma posição pública sobre o assunto.”

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