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relatório

Parceiros por toda parte

LaurabeatrizColaborações entre cientistas de diferentes países nunca foram tão frequentes, segundo relatório divulgado pela norte-americana National Science Foundation, e o exemplo mais forte dessa tendência vem da União Europeia. Entre os artigos científicos produzidos em 2007 pelos países do bloco, a metade teve coautorias internacionais, nível duas vezes maior que o dos Estados Unidos ou da Índia. No caso das nações europeias, trata-se do resultado de políticas que estimularam a integração de seus cientistas. “Mas o fenômeno está espalhado pelo mundo inteiro e permeia todas as disciplinas”, disse à revista Nature Loet Leydesdorff, especialista em cienciometria da Universidade de Amsterdã. András Schubert, editor da revista Scientometrics, explica a tendência pelo crescimento de um tipo de esforço de pesquisa, conhecido como Big Science, que requer investimentos gigantescos e atuação de vários países – consórcios para sequenciamento de genomas e o acelerador de partículas LHC são exemplos recentes. Mas Schubert lembra que a queda no custo das comunicações e as facilidades propiciadas pela internet também tiveram um efeito dramático na aproximação de cientistas. “A grande motivação dos cientistas é o reconhecimento de seu trabalho. As colaborações internacionais são uma forma de difundir suas ideias em círculos cada vez maiores”, afirma.  O Brasil, que não foi citado no relatório, produziu em coautoria 30% de seus artigos indexados na base Thomson Reuters em 2006.

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