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Estratégias

Parque construído em silêncio

A Malásia montou um plano para transformar sua rica diversidade biológica numa indústria próspera (Nature, 10 de julho). O projeto prevê investimento de US$ 160 milhões, em três anos, na construção de um parque biotecnológico a 45 quilômetros da capital, Kuala Lampur. Três institutos de pesquisa serão construídos no local até 2006. Três empresas já concordaram em se mudar para o parque, e o governo negocia a transferência de outras 20. Nem o governo nem a comunidade científica querem alardear a iniciativa. Não por falta de entusiasmo, mas por cautela.

O país se ressente do fiasco de um grande plano na área de tecnologia da informação, em 1997. “Preferimos fazer em vez de ficar falando”, diz o primeiro-ministro, Mahatir bin Mohamed. A discrição também ajuda a prevenir insinuações de que o governo estaria entregando a biodiversidade malaia a interesses privados.

Embora os recursos naturais sejam realmente promissores – convênios internacionais estudam, por exemplo, as propriedades da planta nativa tongkat ali no combate à impotência -, alguns analistas apostam que os investidores malaios não conseguirão bancar os duradouros investimentos que companhias de biotecnologia demandam.

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