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Bioquímica

Partículas fósseis revelam a atmosfera de milhões de anos atrás

Micrometeoritos, com idades estimadas entre 300 milhões e 20 milhões de anos, antes da limpeza para análise dos isótopos de oxigênio

ZahnoW, F. et al. Communications Earth & Environment. 2025

Uma equipe das universidades de Göttingen e de Leibniz, ambas da Alemanha, e de Pisa, na Itália, desenvolveu uma técnica para reconstruir a atmosfera da Terra primitiva usando micrometeoritos – minúsculas partículas de rocha e metal que viajaram pelo espaço antes de chegar ao nosso planeta. Os pesquisadores examinaram a proporção entre os isótopos (variações do mesmo elemento químico) de oxigênio de 100 partículas do tipo esférulas cósmicas, extraídas de rochas sedimentares com 2,7 bilhões de anos, e conseguiram determinar a quantidade de dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera. Os dados de micrometeoritos, combinados com os de carbono em plantas e modelagem por computador, indicaram níveis moderados de CO₂ durante o período geológico conhecido como Cretáceo tardio, há cerca de 87 milhões de anos, e no Mioceno, por volta de 8,5 milhões de anos atrás, após o aumento drástico no oxigênio atmosférico que se deu há 2,4 bilhões de anos. O diâmetro dos micrometeoritos varia de 18 a 429 micrômetros, com peso médio de 0,2 micrograma e sem sinais superficiais de modificações estruturais (Communications Earth & Environment, 23 de julho).

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