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Combate de pragas

Percevejo monitorado

Percevejo com eletrodo (detalhe) e equipamento de monitoração: para entender danos à cultura do milho, soja e trigo

Antônio Panizzi / Embrapa Trigo Percevejo com eletrodo (detalhe) e equipamento de monitoração: para entender danos à cultura do milho, soja e trigoAntônio Panizzi / Embrapa Trigo

A monitoração eletrônica da alimentação de percevejos, que pode ser útil no combate a esses insetos considerados pragas nas culturas de milho, soja e trigo, foi feita pela primeira vez no país. A técnica, conhecida pelo nome de Electrical Penetration Graph (EPG), é feita em laboratório e consiste na ligação dos percevejos a um eletrodo de cobre e a um fio de ouro conectado a um amplificador e a um computador. “Utilizamos cola com prata diluída para a passagem da corrente elétrica e uma lixa odontológica para raspar a cera no corpo do inseto onde implantamos o eletrodo”, explica Antônio Panizzi, pesquisador da Embrapa Trigo, de Passo Fundo (RS), coordenador do projeto, que teve também a participação do pesquisador Tiago Lucini. Os percevejos monitorados são da espécie Dichelops melacanthus. Eles inserem seus estiletes sugadores na planta e utilizam a saliva para destruir os tecidos e obter nutrientes, causando danos ao vegetal. Além do fio conectado ao inseto, outro filamento é instalado na planta hospedeira. É estabelecido um circuito elétrico quando o inseto insere os estiletes no vegetal. Os sinais elétricos que mostram as atividades dos percevejos são enviados ao computador e exibidos em forma de gráfico. O estudo vai servir de guia para futuras modificações genéticas nas plantas, para que elas possam expressar toxinas ou bloquear a ação dos insetos sugadores.

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