O físico norte-americano James Watson Cronin, ganhador do Nobel em 1980, morreu no dia 25 de agosto, aos 84 anos. Professor da Universidade de Chicago, Estados Unidos, Cronin dividiu o prêmio com Val Logsdon Fitch pela descoberta de violações de princípios fundamentais de simetria no decaimento de partículas subatômicas conhecidas como mésons-k neutros. Ele foi um dos idealizadores do Observatório Pierre Auger de Raios Cósmicos, que começou a ser construído em 1998 em uma área de 3 mil quilômetros quadrados em Malargüe, na Argentina. O observatório reúne hoje cerca de 500 pesquisadores de 16 países, entre eles o Brasil, que contribuiu no projeto com a compra de equipamentos com o apoio de instituições como a FAPESP e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). “Cronin nos inspirou a ir em busca do desconhecido, com profunda intuição, respaldo científico e visão poética”, declarou ao jornal New York Times Angela Olinto, professora da Universidade de Chicago. Em nota à imprensa, Ronald Shellard, diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), disse que Cronin era “uma pessoa inspiradora”. “Quando dava palestras, tinha sempre o cacoete de esfregar um dedo no outro. Os amigos sabiam que isso era um sinal de que deveriam prestar atenção no que diria a seguir”, escreveu Shellard, que conheceu Cronin no Observatório Pierre Auger.
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