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BOAS PRÁTICAS

Pesquisadores na Austrália apoiam a obrigatoriedade de cursos sobre integridade científica

A maioria dos cientistas na Austrália apoia a obrigatoriedade de cursos sobre integridade em pesquisa em universidades e institutos de pesquisa, segundo levantamento feito pela Academia Australiana de Ciências (AAS) em parceria com a editora Springer Nature. Foram entrevistados 993 professores, pesquisadores e membros do corpo diretivo de 35 universidades australianas entre dezembro de 2020 e novembro de 2021. O objetivo era identificar as percepções da comunidade científica daquele país sobre integridade e boas práticas em pesquisa. Sessenta e oito por cento dos participantes disseram que suas instituições já oferecem treinamento nessa área – destes, 50% afirmaram que ele é mandatório.

De modo geral, 73% dos entrevistados relataram apoiar a obrigatoriedade desse tipo de curso, sobretudo para estudantes de pós-graduação e pesquisadores em início de carreira. Para 42% dos entrevistados, o treinamento deveria mirar principalmente tópicos práticos relacionados ao armazenamento e gerenciamento de dados de pesquisa. Um quarto dos participantes também relatou haver problemas de integridade em pesquisa em sua área de atuação – essa percepção foi maior entre os pesquisadores das ciências da vida e menor entre os das ciências físicas.

“Isso reforça nossa posição de que esse tipo de treinamento favorecerá a incorporação de condutas responsáveis à prática científica”, destacou Chris Graf, diretor de integridade em pesquisa da Springer Nature em comunicado publicado em junho no site da AAS. “Esperamos fazer levantamentos semelhantes em outros países para que possamos coletar mais dados sobre a evolução do treinamento em integridade em pesquisa no mundo.”

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