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Tecnociência

Polímeros com um toque de silício

Uma equipe de pesquisadores liderada pelo professor Michael Sailor, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, conseguiu transferir para diversos plásticos orgânicos as propriedades ópticas dos sensores de cristal de silício, matéria-prima dos chips de computador. O avanço pode levar ao desenvolvimento de dispositivos implantáveis no corpo humano para uma série de aplicações médicas. “O processo é muito semelhante ao da fabricação de brinquedos com plástico injetado em molde”, disse Sailor, em nota da Universidade da Califórnia.

A diferença é que o resultado é uma nanoestrutura flexível e biocompatível, que pode controlar com precisão a transmissão da luz à maneira dos semicondutores na transmissão de elétrons. Polímeros dotados das propriedades do silício podem ajudar os médicos a ver, por exemplo, se as suturas biodegradáveis usadas para fechar uma incisão se dissolveram. Também será possível saber qual a quantidade de uma droga aplicada em um polímero biodegradável que está sendo liberada para o organismo de um paciente.

“As drogas se dispersam à medida que o polímero degrada, num processo que pode variar de um paciente para outro”, observa Sangeeta Bhatia, membro da equipe de Sailor. “Agora, é possível monitorar a degradação do dispositivo, decidir sobre sua substituição e avaliar sua função.”

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