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Tecnociência

Possibilidades cósmicas

ESOSuper-Terra: planeta a 20 anos-luz tem potencial para abrigar vidaESO

Demorou, mas o homem finalmente encontrou um planeta fora do sistema solar que realmente se parece com a Terra. Depois de ter descoberto nos últimos 12 anos mais de 210 mundos girando ao redor de outras estrelas que não o Sol, cientistas europeus localizaram no final de abril um planeta extra-solar na constelação de Libra que se situa na chamada zona habitável e apresentaria, teoricamente, as condições para abrigar vida. Com massa cinco vezes maior do que a da Terra, mas um diâmetro apenas 50% maior, o candidato a irmão maior de nosso planeta orbita uma pequena estrela fria, a anã vermelha Gliese 581, distante 20,5 anos-luz. É o menor mundo extra-solar conhecido e o primeiro a apresentar composição rochosa. Quase todos os planetas extra-solares conhecidos são gigantes gasosos, inóspitos para abrigar vida semelhante à da Terra. “Estimamos que a temperatura média nessa super-Terra fique entre 0° e 40°C”, explica Stéphane Udry, do Observatório de Genebra, Suíça, principal autor do estudo científico que revelou a existência do Gliese 581 c, nome provisório do novo planeta. “Nessas condições, a água poderia se manter no estado líquido.” O novo planeta está 14 vezes mais perto de sua estrela-mãe do que a Terra em relação ao Sol. Por isso, o ano lá dura apenas 13 dias. Apesar de muito próximo à sua estrela-mãe, o novo mundo extra-solar não apresenta temperaturas elevadas por-que a anã vermelha é mais fria que o Sol. A super-Terra foi descoberta com o auxílio de instrumentos instalados no telescópio de 3,6 metros do European Southern Observatory (ESO), localizado em La Silla, Chile. Fora o Gliese 581 c, outros dois mundos maiores já foram encontrados ao redor da anã vermelha.

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