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Estratégias

Pouca pesquisa para remédio de pobres

Nos últimos 25 anos, apenas 1% dos medicamentos desenvolvidos pela indústria farmacêutica teria sido destinado ao tratamento de doenças típicas dos países pobres. A conclusão é de um estudo patrocinado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e publicado na revista médica britânica The Lancet. Segundo os pesquisadores, só 13, das 1.393 novas drogas aprovadas entre 1975 e 1999, destinavam-se às doenças tropicais. Outras três teriam sido desenvolvidas especificamente para a tuberculose.

Enquanto isso, nos países em desenvolvimento, crescem os casos de malária e filariose linfática, e males que se julgavam extintos, como a tuberculose e a dengue, recrudescem nos países mais pobres. Para os autores do estudo a solução seria encontrar meios de obrigar os grandes laboratórios a investir parte de seus lucros na pesquisa das doenças negligenciadas.

Já os executivos da indústria de biotecnologia, dispostos a não repetir os erros de outros segmentos, aproveitaram sua reunião anual de Toronto, no Canadá, para discutir a criação de uma política internacional mais justa. Carl Feldbaum, presidente da Organização Internacional de Biotecnologia, aconselhou as empresas do setor a investir no desenvolvimento de vacinas e alimentos geneticamente modificados que aumentem a resistência às doenças entre as populações dos países mais pobres do planeta.

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