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Economia

Primavera portuguesa

Pela primeira vez em sua história Portugal exporta mais tecnologia do que importa. Outras boas novidades, como o aumento nos gastos com pesquisa e desenvolvimento a níveis nunca experimentados no país e o crescimento de setores avançados, como o de empresas de tecnologia de informação, sugerem que o país ibérico deu impulso à transição de economia manufatureira para a de serviços baseados no conhecimento. “A boa formação de jovens profissionais e o nível de remuneração inferior ao padrão europeu colocam Portugal em posição competitiva”, disse ao jornal Financial Times José Gonzaga Rosa, da consultoria Ernst & Young. Os dados revelam o sucesso das políticas públicas do primeiro-ministro socialista José Sócrates. Com um programa calcado na redução das barreiras burocráticas impostas ao setor privado e no investimento crescente em inovação, o premiê destinará à ciência o equivalente a 1% do PIB em recursos públicos, diante de 0,47% de 2003. Uma marca a ser atingida até 2010 é a proporção de seis pesquisadores por grupo de mil trabalhadores do país. Hoje essa relação é de 3,6 pesquisadores por mil trabalhadores. Um problema para chegar lá é o número elevado de jovens que não completam o ensino secundário. Eles são 40% dos adolescentes portugueses, o dobro da média da União Européia.

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