A inauguração em 14 de novembro do edifício em formato circular, com uma área de 68 mil metros quadrados e 15 metros de altura, e de dois de seus três aceleradores de elétrons marcou o final da primeira etapa do Sirius, a nova fonte brasileira de luz síncrotron, em construção no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, interior de São Paulo. A previsão é de que o feixe de elétrons comece a circular pela estrutura no segundo semestre de 2019 e as seis estações experimentais iniciais, chamadas linhas de luz – como a de nanoscopia de raios X, espalhamento coerente de raios X, micro e nanocristalografia macromolecular –, sejam abertas a pesquisadores do Brasil e do exterior no fim do próximo ano. Classificado como um equipamento de quarta geração, o Sirius começou a ser projetado em 2008 e em 2016 foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do gover–no federal. Seu custo estimado é de R$ 1,8 bilhão. Entre as quase 50 fontes de luz síncrotron em operação no mundo, a de Campinas se compara apenas à MAX IV, inaugurada em junho de 2016 na Suécia. A nova fonte de luz “é um projeto estruturante para o país”, disse Antônio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM e responsável pelo projeto Sirius desde 2009, à Agência FAPESP. Segundo o físico, o novo equipamento deve beneficiar a ciência e “abrir perspectivas para a internacionalização da ciência, tecnologia e inovação nacionais”. O Sirius é o sucessor da atual fonte síncrotron em operação no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), também localizado em Campinas.
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Primeiras linhas de luz do Sirius devem funcionar no final de 2019

O edifício do Sirius foi inaugurado em 14 de novembro em Campinas
LNLS / Cnpen