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Aviação

Primeiro jato Gripen comprado pela Força Aérea alça voo no país

Caça integra lote de 36 unidades adquiridas há seis anos da fabricante sueca Saab

O caça multimissão F-39 Gripen decola do aeroporto de Navegantes (SC) com destino à fábrica da Embraer em Gavião Peixoto (SP)

Saab

O primeiro jato militar Gripen E, batizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) de F-39 Gripen, fez seu voo inaugural no país nesta quinta-feira (24/9). Depois de ser trazido de navio do porto de Noorköping, na Suécia, para o Brasil, numa viagem de 22 dias encerrada no domingo (20/9) no Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes, em Santa Catarina, o caça multimissão decolou do aeroporto de Navegantes (SC) para a fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, no interior paulista.

O avião faz parte do lote de 36 unidades compradas pelo Brasil da fabricante sueca Saab em 2014. Antes da entrega do jato à FAB, prevista para o fim de 2021, ele passará por uma etapa de testes e certificação. O contrato de aquisição dos caças, no valor de 39,3 bilhões de coroas suecas (R$ 24,2 bilhões em valores de hoje), definiu que o Brasil participaria do desenvolvimento e da produção dos aviões por meio de empresas parceiras nacionais, lideradas pela Embraer. A negociação também previu um extenso programa de transferência de tecnologia a ser executado em um período de 10 anos (ver Pesquisa FAPESP no 282).

“A chegada do Gripen ao Brasil e o seu primeiro voo são marcos importantes no Programa Gripen. Estamos orgulhosos dessa jornada”, informou Micael Johansson, presidente e CEO da Saab, em comunicado à imprensa. Com a chegada do primeiro avião ao país, o Centro de Ensaios em Voo do Gripen na Embraer, em Gavião Peixoto, será totalmente integrado ao programa de ensaios já em andamento na Saab, em Linköping, Suécia, desde 2017.

“A Embraer desempenhará um papel de liderança na execução do programa Gripen no Brasil e será responsável pelo trabalho de desenvolvimento de sistemas, integração, testes de voo, montagem final e entrega das aeronaves”, declarou Jackson Schneider, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. O contrato estabelece que 15 aviões deverão ser fabricados em Gavião Peixoto. O F-39 Gripen será a espinha dorsal da aviação de caça do país.

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