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Estratégias

Programa de combate a doenças em xeque

pierre virot /omsVítima da malária na Etiópia: coquetel de medicamentospierre virot /oms

A escolha do imunologista norte-americano Mark Dybul para a direção executiva do Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária deve dar novo fôlego à instituição, que é uma das maiores financiadoras de programas internacionais de saúde. Professor da Universidade Georgetown, Dybul ajudou a criar o programa de emergência para combate à Aids da Presidência dos Estados Unidos. Desde sua criação em 2002, o Fundo Global, sediado em Genebra, Suíça, destinou US$ 24,7 bilhões para distribuir drogas e testes de diagnóstico. Mas a crise financeira global reduziu o volume de doações e os problemas se agravaram quando denúncias de corrupção envolvendo grupos beneficiados levaram à renúncia do diretor Michel Kazatchkine, no início deste ano.

As ambições do Fundo podem ser reduzidas. Na sua mais recente reunião com doadores, em outubro de 2010, o Fundo tinha a esperança de expandir seu orçamento e arrecadar US$ 20 bilhões para o período de 2011-13, mas só obteve US$ 11,7 bilhões, o suficiente para manter programas existentes. Agora fala-se em reduzir o alcance de programas como o Affordable Medicines Facility – Malaria, que busca oferecer em farmácias um conjunto de drogas para tratar a malária a preço subsidiado. Em certas localidades da África, o programa é a única alternativa de tratamento contra a malária para uma extensa parcela da população. Segundo o jornal The Guardian, o objetivo do Affordable Medicines Facility — Malaria é garantir o fornecimento de um coquetel de remédios para evitar que as vítimas da malária se tratem apenas com uma droga, a artemisina. O temor é que a doença crie resistência ao remédio, que perderia eficiência.

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