Em paralelo à continuidade de seus programas tradicionais de auxílios ã pesquisa e bolsas de estudo e à expansão de outros mais recentes – como o da Rede ANSP (Academic Network at São Paulo) e o de Apoio à Recuperação e Modernização da Infra-Estrutura de Pesquisa do Sistema Estadual de Ciência e Tecnologia – a FAPESP implantou, ao longo de 1995, novos programas que deram sequência a uma política iniciada em 1994, com o objetivo de ampliar a contribuição da Fundação para o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado.
Orientada por essa política, a FAPESP se propôs, de um lado, a estimular concretamente a parceria entre universidades ou institutos de pesquisa e outros segmentos sócio-econômicos através de dois novos programas: o de Apoio à Capacitação Tecnológica de Universidades, Institutos de Pesquisa e Desenvolvimento e Empresas e o de Pesquisas Aplicadas sobre a Melhoria do Ensino Público no Estado de São Paulo. De outro lado, ela decidiu incentivar a expansão e a descentralização ao da base instalada de pesquisa do Estado com o Programa de Apoio a Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes.
Além desses três, outros programas especiais foram levados, em 1995, ao Conselho Superior da Fundação e estão ainda em discussão. Todos refletem uma posição hoje dominante na FAPESP; de que, no presente, é preciso induzir projetos de pesquisa em determinadas áreas definidas como estratégicas, indo além do simples atendimento a demanda espontânea dos pesquisadores.
Nas páginas que se seguem estão alguns resultados dos programas da Fundação, em 1995. Vale observar que os recursos originários da dotação do Estado são prioritariamente destinados aos programas tradicionais de auxílios e bolsas, enquanto que os programas especiais são normalmente financiados com receitas próprias da Fundação. Foram destinados, do orçamento de 1995, para os vários programas, o total de R$223,5 milhões, sendo R$24,7 milhões 01,1%) para Bolsas, R$48,8 milhões (21,8%) para Auxílios tradicionais, R$140,0 milhões (62,6%) para os projetos de Infra-Estrutura (R$16,1 milhões para a Fase I e 123,9 milhões para a Fase 11) e R$10 milhões (4,4%) para os projetos de Inovação Tecnológica. Recursos para os programas de Apoio a Jovens Cientistas e para a Melhoria do Ensino Público terão suas dotações consignadas no orçamento de 1996.
Considerando todos os programas em andamento, foram submetidos, em 1995, 12.421 pedidos. Dos R$223,5 milhões destinados aos programas, 62,6% foram originários das transferências do Tesouro (R$139,9 milhões) e 37,4% dos Recursos Próprios da Fundação (R$83,6 milhões). Já as despesas com custeio da Fundação (R$6,3 milhões), pagas com Recursos Próprios, corresponderam a 1,0% do seu orçamento global (R$635,1 milhões).
Dos recursos efetivamente concedidos em 1995, num total de R$139,6 milhões (R$24,7 milhõespara Bolsas; R$48,8 milhões para Auxílios tradicionais; R$66,1 milhões para os projetos de infra-Estrutura-Fase I, sendo R$50,0 milhões do orçamento de 1994 e R$16,1 milhões do orçamento de 1995), a maior parte deles foi destinada à área de Ciências da Saúde (21,6%), seguida da Engenharia 03,3%), da Química 01,00%), das Ciências Agrárias 01,0), das Ciências humanas e Sociais 00,05%) e da Física 00,00%). A USP ficou com. 48,5% dos recursos, seguida da UNICAMP com 16,6%, da UNESP com 13,1%, dos Institutos das Secretarias de estado com 10,4% e das instituições federais sediadas em São Paulo com 9,5%.
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