Imprimir PDF Republicar

Tecnociência

Propostas de prioridades para a Mata Atlântica

Acaba de sair um estudo de avaliação para estabelecer áreas e ações prioritárias para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica. O trabalho Avaliação e Ações Prioritárias para Conservação dos Biomas Floresta Atlântica e Campos Sulinos resultou do programa de  workshops regionais da organização não-governamental Conservation International e é um subprojeto do Probio, do Ministério do Meio Ambiente, que traz uma extensa base de dados e mapas que poderão servir para que especialistas definam áreas prioritárias para conservação.

Um dos problemas constatados é o fato de a Mata Atlântica e os Campos Sulinos (formação campestre não savânica que ocorre no Sul do país) estarem numa região que abriga 70% da população, além das maiores cidades e dos grandes pólos industriais do país. Não à toa, a Mata Atlântica está reduzida a 8% de sua cobertura original e figura entre as 25 áreas mais ricas e ameaçadas do planeta. Outra dificuldade é que a cada ano são descritas novas espécies, mas faltam pesquisadores para investigá-las e investimentos, além de políticas claras que definam prioridades.

O estudo foi criado justamente para pensar novas estratégias. Algumas informações que constam do documento dão a dimensão de sua importância. Por exemplo, apesar da devastação, a riqueza biológica é tão significativa que o segundo maior recorde mundial de diversidade para plantas lenhosas foi registrado na Mata Atlântica: 458 espécies em um único hectare, no sul da Bahia.

Republicar